No próximo dia 15 de novembro, Chapecó será palco de um evento de união, resistência e fé. A Caminhada das Religiões de Matriz Africana, marcada para as 14h na Praça Coronel Bertaso, reúne comunidades de terreiros de Chapecó e região para celebrar a ancestralidade e reforçar a luta contra a intolerância religiosa. Mais do que um evento, esta caminhada pretende ser um marco na defesa do respeito à diversidade e uma afirmação da força dos povos de matriz africana. O evento conta com o apoio da Prefeitura de Chapecó, por meio da Fundação Cultural.
Em entrevista, Neiza Pedretti, uma das organizadoras do evento, destaca a importância da caminhada como um momento de união e resistência: “Hoje, o movimento não é só contra a intolerância religiosa. É para mostrar a nossa fé, nossa prática, e que não estamos sós. Há
muitas casas, muitas pessoas que acreditam no mesmo objetivo: levar a nossa fé além dos nossos terreiros”, afirma.
Neiza ressalta que a caminhada visa também fortalecer a relação entre os próprios terreiros, promovendo uma quebra do isolamento que, historicamente, marcou essas comunidades. “A nossa fé é tão legítima quanto qualquer outra. Não há nada a esconder. Cada religião tem sua prática, mas a fé é uma só e todos acreditam em algo maior. É esse sentimento de união que queremos transmitir”, completa.
O convite está aberto a todos: irmãos e irmãs de fé, líderes religiosos e simpatizantes são incentivados a participar, trajados com suas roupas tradicionais e guiados por atabaques e cânticos que simbolizam a força e a espiritualidade das religiões de matriz africana. “Vamos fazer desta caminhada um marco de paz e amor, mostrando que as religiões de matriz africana têm importância e espaço na construção de uma sociedade mais justa e acolhedora”, convida a organização.
A Caminhada das Religiões de Matriz Africana em Chapecó surge como um movimento que, além de combater a intolerância religiosa, celebra a pluralidade e a presença marcante das religiões afro-brasileiras no cotidiano e na cultura regional. A expectativa é que o evento inspire um olhar mais respeitoso e inclusivo, reafirmando o direito de todos expressarem livremente sua fé e crenças.
Fonte: Imprensa/PMC