Cardiologistas do setor de Hemodinâmica do Hospital Regional do Oeste realizam nesta sexta-feira, de forma inédita na instituição, procedimento de Implante Percutâneo de Válvula Aórtica, conhecido como TAVI, numa paciente de 79 anos de idade.
A técnica é para substituir a válvula aórtica danificada de forma minimamente invasiva. Em vez da cirurgia convencional, com incisão no peito, uma válvula cardíaca é colocada por meio de um cateter que entre pela região da virilha e navega através de artérias até o coração. Essa alternativa, menos invasiva, restabelece o funcionamento da válvula aórtica.
Trata-se de um procedimento que traz mais segurança para pacientes que são considerados de alto rico para uma cirurgia cardíaca, reduzindo o tempo de internação e recuperação, com prazo de reabilitação inferior aos tratamentos convencionais em pacientes cardíacos que necessitam de intervenção cirúrgica. Após o procedimento, é possível que ele volte para casa em até 2 dias. Na cirurgia convencional normalmente o paciente ficaria internado de 7 a 10 dias.
“É um procedimento seguro, dispensa a necessidade de um grande período de internação e permite que pacientes mais frágeis possam ter a sua válvula aórtica doente substituída ” explica o Dr. Fernando Bernardi, Cardiologista Intervencionista, do serviço de cardiologia do HRO.
SUS
No segundo semestre do ano passado, o Ministério da Saúde editou portaria incorporando o implante percutâneo de válvula aórtica no Sistema Único de Saúde (SUS) para atender pacientes com estenose aórtica.
De acordo com o Ministério, “o tratamento foi incluído após avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), levando em consideração aspectos como eficácia, acurácia, efetividade e a segurança, além da avaliação econômica comparativa dos benefícios e dos custos em relação às tecnologias já existentes e o seu impacto orçamentário”. No entanto, apenas serviços habilitados pelo Ministério da Saúde vão poder realizar este procedimento pelo SUS.
Dados da pasta indicam que estenose aórtica atinge de 3% a 5% da população com idade acima dos 75 anos.
Equipe de Cardiologia Intervencionista do HRO: Dr. Fernando Bernardi, Dr. Guilherme Bernardi, Dr. Julio Barbiero, Dr. Adalberto de Meira, Dr. Mateus Rossatto, Dr. Fabricio Consalter.
Fonte: Divulgação-ALVF-HRO