Durante visita a Chapecó, da ministra da Agricultura Tereza Cristina, o governador, Carlos Moisés e o secretário de Estado da Agricultura e Pesca, Altair Silva, o presidente da AMOSC, Rudi Sander, prefeito de São Carlos, entregou documento com reivindicações dos 20 municípios de abrangência da Associação dos Municípios do Oeste de SC (AMOSC), manifestando a enorme preocupação com a região que está passando por grandes dificuldades relacionadas a escassez hídrica. Representando os municípios, a entidade solicitou que sejam tomadas providências, sugerindo a liberação de recursos urgentes e meios de transportes de água como caminhões para atendimento emergencial aos agricultores, para que no médio e longo prazo sejam estabelecidas alternativas em conjunto com as entidades e o governo para evitar tais imprevistos em períodos como este de escassez.
“Ouvimos nossos vinte prefeitos e os secretários municipais de agricultura, dos municípios que integram a AMOSC, apresentando as perdas, os decretos de emergência emitidos e solicitando apoio para podermos auxiliar o nosso agricultor da forma que merece, pois está muito castigado, mais uma vez, pela estiagem, muitos com perdas irreparáveis, portanto, nossas reivindicações são no sentido de minimizar os prejuízos da agricultura e dar novo ânimo a este segmento importantíssimo e que é o primeiro a sentir com a falta de água, assim como o agronegócio”, saliente Rudi Sander.
Ele enfatiza que o Oeste, por ser uma região expressiva no cenário nacional e internacional na produção e exportação, uma das principais preocupações com a falta de água do setor produtivo é a quebra na safra de soja e milho, contemplando os grãos e a silagem, com previsão de perda média de 55% que impactam diretamente nas cadeias produtivas de carne e de leite.
Nos municípios da AMOSC até o momento 90% deles decretaram situação de emergência, que caracteriza a grave situação vivida. “Tivemos atenção das lideranças que estiveram em Chapecó, e reforçamos a ministra Tereza Cristina, ao governador Carlos Moisés, o que o nosso secretário de Estado da Agricultura Altair Silva já havia acompanhado in loco e que prontamente levou a situação ao governo federal e estadual, para que aqui estivessem e se comprometessem em oferecer ações, que reduza os impacto dos prejuízos causados pela estiagem ao setor produtivo e por consequência os nossos municípios que tem como base da economia estes segmentos”, afirma o presidente da AMOSC, avaliando como positiva a visita, pois tanto a ministra, quanto o governador, firmaram compromisso apontado viabilidade de ações concretas, através de programas, benefícios e garantias ao setor.
Investimentos
O governador Moisés, garantiu que o Estado está investindo pelo menos R$ 350 milhões até o fim do próximo ano em medidas de resiliência hídrica. Apenas em 2022, o Programa SC Mais Solo e Água destinará R$ 150 milhões aos produtores rurais, subsidiando a instalação de cisternas, poços artesianos, entre outras medidas. A intenção é fazer com que o programa SC Mais Solo e Água seja um programa permanente, que possa manter a competitividade do agronegócio, que responde por mais de 70% das exportações catarinenses. “Estamos investindo também na preservação de nascentes e para incentivar o agricultor a preservar estes espaços. Aliado a isso, temos também a perfuração de poços e a reservação de água”, afirmou Carlos Moisés.
O secretário de Estado da Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Rural, Altair Silva, destacou que o Programa SC Mais Solo e Água permite que o produtor consiga viabilizar até R$ 100 mil em empréstimos, com juro zero e desconto entre 50% e 75% se o pagamento ocorrer em dia.
O produtor também pode captar até R$ 30 mil para preservação de nascentes, com cercamento da área e plantio de árvores nativas. O prazo para pagar é de cinco anos e o desconto com o pagamento em dia é de 75%.
Fonte: Assessória/AMOSC