O esforço das campanhas de Jair Bolsonaro e Jorginho Mello ao segundo turno é reduzir o percentual de abstenções no Brasil e em Santa Catarina. Mais de 1 milhão de catarinenses deixaram de votar no primeiro turno e podem votar agora no dia 30 de outubro. “Vivemos uma encruzilhada e precisamos reeleger o presidente Bolsonaro para a salvação do Brasil. Precisávamos dessa maioria parlamentar para votar as reformas tributária e administrativa, porque democracia é isso: quem tem mais voto, aprova! O Poder Judiciário sentia a fragilidade do Legislativo e se agigantou. Agora temos as bancadas, temos o senador Jorge Seif, só falta eleger o governador e o presidente”, apontou o candidato do PL ao governo em encontro com representantes da mídia regional catarinense.
As pessoas precisam estar nos seus domicílios eleitorais no segundo turno para votar, insistiu Jorginho, apontando que 2 milhões de caminhoneiros em todo Brasil, por exemplo, teriam deixado de votar por estarem trabalhando. Em eleições muito polarizadas, como a de 2018 e 2022, a abstenção tende a crescer e foi recorde no primeiro turno, a maior desde 1998, deixando 20,87% dos eleitores brasileiros aptos longe das urnas eletrônicas.
“O que eu peço é que os catarinenses cumpram seu dever cívico, não podemos deixar uma quadrilha voltar ao poder. Mais de 1 milhão de catarinenses se abstiveram do seu direito de votar. A América do Sul inteira, pelas abstenções, colocou pessoas terríveis no governo. Aqui, o catarinense é conservador, liberal na economia, tem os conceitos de família, é contra drogas, é contra o MST que é uma quadrilha de terroristas no campo, enfim, tudo que o outro lado não representa”, acrescentou o senador eleitor Jorge Seif, segundo o qual, não adianta tentar converter voto que já é do PT, mas ampliar a base de votantes.
Intimidade com SC
Jorginho Mello e Jorge Seif, acompanhados da equipe de comunicação da campanha, reuniram-se ontem com representantes dos 27 jornais impressos associados à Associação dos Diários do Interior (ADI/SC) e dos 41 portais da Associação dos Portais de Notícias e Jornais Digitais de Santa Catarina (APJ/SC). Adriano Kalil, presidente da Associação dos Portais de Notícias e Jornais Digitais de Santa Catarina, e Lenoíres da Silva, presidente da Associação de Diários do Interior, apresentaram a rede que alcança 70% dos municípios catarinenses. São 2,8 milhões de usuários únicos por mês em 41 portais e 1,2 milhão de leitores em 27 jornais. “São mais de 20 anos de integração editorial, inclusive garantindo a transição da rede para o mundo digital”, destacaram Kalil e Lenoíres.
“Governos geram matéria-prima e conteúdo para nossa audiência, então esperamos que, se eleito, tenha ouvidos para nossa a mídia regional. Tudo que é bom para Santa Catarina é bom para nós que acreditamos num governo democrático, plural, humano, com liberdade na economia e respeito aos direitos humanos”, alinhou Marcus Vinicius Signor, coordenador comercial do portal Engeplus. Os diretores do OCPNews, Marcelo Janssen, e do jornal O Atlântico, Ricardo Gebeluca, apontaram que os veículos mais resilientes sobreviveram às crises sanitária e econômica e mantém a tradição do jornal impresso que fala com intimidade com o interior de Santa Catarina.
Assédio eleitoral
O Ministério Público do Trabalho em Santa Catarina, o Ministério Público do Estado de Santa Catarina e o Ministério Público Federal fizeram alerta conjunto esta semana para coibir episódios de assédio eleitoral nas relações de trabalho. Em nota, lembraram que o poder do empregador é limitado. Ameaçar trabalhador para que vote ou deixe de votar ou para que para que participe de atividade político-partidária é crime eleitoral. Em Santa Catarina, estão sendo apuradas mais de 30 denúncias e no Brasil, cerca de 200.
Energia solar
O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul já investiu quase R$ 1 bilhão em projetos fotovoltaicos desde 2019. Santa Catarina é o sexto Estado em potência instalada. De acordo com o presidente do Brde, Wilson Bley Lipski, os principais benefícios da energia solar envolvem sustentabilidade, redução de custos e maior competitividade, com retorno estimado de 15% a 20% ao ano. “Tendo em vista a preocupação do mercado consumidor com as práticas ESG, as empresas com energia solar podem participar de negociações com grandes empresas, o que resulta em aumento no faturamento, sinergia e parceria”, explica. Hoje, 30% dos contratos de energia limpa e renovável do Brde são para projetos de energia fotovoltaica.
Feito na Serra
Os números ainda são tímidos, mas o projeto é ambicioso: criar um certificado de origem para produtos feitos na Serra Catarinense e torná-los mundialmente conhecidos. Este é o propósito do programa “Produtores da Serra”, iniciado há dois anos pelo Banco da Família para apoiar micro e pequenos produtores, gerando renda para região. Parte dos produtores vão expor seu trabalho até domingo na ExpoLages, no Parque de Exposições Conta Dinheiro. Programa começou com sete pequenos produtores, hoje atende 17 famílias e comercializou mais de 52 mil produtos.
Produção e edição: ADI/SC jornalista Adriana
Baldissarelli (MTb 6153) com colaboração de Cláudia
Carpes. Contato peloestado@gmail.com