Um estudo realizado pela Unoesc de Xanxerê mostrou que os pacientes que fizeram tratamento contra a Covid tiveram 240% menos óbitos, dos que não realizaram nenhum tratamento.
Os dados foram apresentados na manhã desta quarta-feira, em reunião do Comitê Municipal de Enfrentamento à Covid, realizado no auditório da Prefeitura. De acordo com a professora Marcilei Maccari, que foi uma das responsáveis pelo estudo “Avaliação das Estratégias de Combate à Pandemia da Covid no Município de Chapecó-SC”, foram analisados prontuários de 13 mil pacientes, no período de 1º de janeiro de 2021 e 18 de outubro de 2021.
De 5.551 pacientes que receberam tratamento, foram 73 óbitos e os demais recuperados. Dos 8005 pacientes não tratados, os óbitos foram 273. Ou seja, de um total de 346 óbitos, 79% foram de não tratados e, 21%, de quem fez tratamento.
De acordo com o estudo, o índice de óbito entre os não tratados foi de 3,41% e, entre os tratados, 1,42%. “O estudo apontou que a probabilidade de óbito foi menor entre os que foram tratados, comparativamente aos não tratados”, disse Marcilei Maccari. Também participaram do estudo os professores Cristian Alex Dalla Vecchia, Simone Silveira e Saulo Jorge Téo.
O médico Diego Bet, que foi um dos coordenadores do Ambulatório de Tratamento Imediato Verdão, destacou que Chapecó foi atingida fortemente por uma das cepas mais mortais da Covid, a P1. Uma das ações foi capacitar os médicos com materiais e estudos, para que pudesse atender seus pacientes com mais segurança.
“No Ambulatório nós realizávamos os testes, fazíamos a consulta e disponibilizávamos gratuitamente os medicamentos que já tinham evidências e estudos de que poderiam funcionar no tratamento. Mas cada médico tinha a liberdade de dar para seu paciente o que considerava melhor para cada caso. Ninguém era obrigado a prescrever tratamento”, explicou.
Entre os remédios disponibilizados estavam cloroquina, hidroxicloroquina, vitamina D, invermectina, zinco, antibióticos e corticosteróides.
O prefeito de Chapecó, João Rodrigues, disse que a Administração Municipal contratou a pesquisa para avaliar se as medidas adotadas funcionavam ou não.
“Agora nós temos prova de que nós agimos corretamente. Tivemos uma diferença de 240% a menos de óbitos nos tratados, em relação a quem não fez nada. Se não tivéssemos tratado quem sabe teríamos passado de mil óbitos na cidade, que foi uma das mais atingidas pela Covid, depois de Manaus. Nós fizemos o que podíamos, abrimos novos pontos de atendimento, hospital de campanha, contratamos profissionais, fizemos testagem em massa, disponibilizamos tratamento e aplicamos a vacina. Para quem quiser, nós temos dados para mostrar. É fato”, disse o prefeito.
Durante a reunião do Comitê Covid também foi apresentado um balanço das ações adotadas durante a pandemia, como a- Abertura do Centro Avançado de Atendimento Covid no Centro de Eventos, com 75 leitos de enfermaria e 20 semi-intensivos; o aumento de 35 para 108 leitos de UTI no HRO e 26 para 55 leitos de enfermaria no período mais crítico da doença, compra dezenas de milhares de testes rápidos; contratação de 150 profissionais de saúde, ações de fiscalização de aglomerações, mobilização de doações da sociedade e entidades empresariais, operação Lockdown Inverso e implantação do Vacimóvel.
Fonte: Assessoria/PMC