Marketing é palavra, política são gestos. O candidato à reeleição Carlos Moisés vai passar o cargo de governador ao presidente da Alesc, Moacir Sopelsa, em 6 de setembro. Provavelmente às 15h15min, brinca o deputado que estará de aniversário no dia da posse, em referência ao número do MDB. Sopelsa recebeu o quadro diretivo do TRE-SC na manhã de ontem, para assinar cooperação na auditagem das urnas eletrônicas. Antes de viajar para Esteio, no RS, onde ocorre a Expointer, conversou alguns minutos com a Pelo Estado sobre sua gratidão ao governador, à vice e aos colegas de Parlamento e sobre sua esperança que o MDB volte a ter condições de disputar o governo com nome próprio em 2026.
“Nunca tivemos governo que investisse tanto nos municípios”
Já posso chamar de governador?
Ainda não, tem que assinar a posse, né?
Quando será a posse?
Está prevista para dia 6 de setembro.
Dia do seu aniversário… quantos anos?
Isso, dia do meu aniversário, quando farei 76 anos.
O que o sr vai fazer como governador?
Primeiro, vou seguir todos os projetos e ações do governo. Pretendo continuar todo esse trabalho e poder contribuir, visitando o Estado, há muitas obras em andamento principalmente de infraestrutura, no Oeste de Santa Catarina. Também valorizar o Estado todo. A oportunidade que terei de ser governador pelo período de quase um mês é o encerramento da minha vida de candidato. Não que eu queira ir para casa, pretendo seguir contribuindo com alguma coisa, mas sem disputar mais eleições. Serei um governador interino, vou respeitar todas as ações que o governo já tem. Esse mandato será confiado a mim pelo governador licenciado para concorrer à reeleição. O governo já tem meu apoio. Apoio o governador Moisés, em reconhecimento ao trabalho que ele fez nesses quatro anos, pelo envolvimento que o governo tem com os municípios. Nunca tivemos um governo que investisse tanto nos municípios, como está investindo o governador Moisés.
Ainda temos de conversar sobre alguns assuntos, talvez consiga deixar uma lei aprovada durante esse período, mas primeiro tenho de oficializar com o governador. O mais importante é agradecer essa chance ao governo e ao governador, mas também à Assembleia por ter me dado a oportunidade de ser seu presidente. Também agradeço à vice-governadora Daniela Reinehr, que é a primeira na ordem de sucessão, por fazer esse gesto. Ela é candidata e está licenciada. A conversa com ela está sendo feita pelo próprio deputado Maurício Eskudlark que vai assumir a presidência aqui. Eu vou ter a oportunidade de ser governador e ele de ser presidente da Alesc.
A sua presença no governo vai ajudar a embalar o MDB na campanha de Moisés?
Tivemos muita dificuldade no MDB, quando o partido decidiu que faria prévias que, na minha opinião, foram equivocadas. Mas temos de aceitar, as coisas não aconteceram da melhor forma. Também houve embate quando havia candidato pelo partido e a vontade da maioria de estar junto com Moisés. Enfim, o MDB agora só tem um caminho: trabalhar para eleger Moisés. É onde estamos juntos, onde nos aliamos, onde temos nossos candidatos a deputado estadual e federal, onde temos o candidato a senador. Vou fazer todo esforço para mobilizar o partido. O MDB vai se mobilizar, já está se mobilizando, para podermos fazer aquilo que é nosso dever. Coligamos com Moisés, agora não tem mais MDB, Republicanos, agora é a aliança, estamos todos nessa caminhada. Claro que o partido também se sente valorizado com gesto do governador. O MDB tem funções no governo, terá mais funções ainda, e isso será importante para nos prepararmos para daqui a quatro anos termos um candidato do MDB viável para ganhar a eleição.
O que o sr vai fazer na Expointer?
Vou à Expointer, porque temos lá ovinos da raça Texel em exposição. Eu e meu irmão Victor vamos lançar para outubro o primeiro leilão de ovinos da Cabanha Diamantina. Devo estar de volta dia 31 para fazer todos os encaminhamentos e estender o convite às pessoas, né? (risos) Pretendo que venham amigos e companheiros de todo Estado. Não definimos o local da posse, mas deve ser no Teatro Pedro Ivo. Ainda não se tem horário certo, quem sabe seja às 15h15min.
Nova senadora
Jorginho Mello aposta no papel de antagonista para chegar ao segundo turno. Posiciona-se contra os favoritos Carlos Moisés para governo e Lula para a presidência. Conciliador, do tipo que evita colocar todos os ovos na mesma cesta, como costumava dizer, nessa disputa inflamou seu estilo. Em paralelo, faz gestos políticos, como dar posse à suplente Ivete Appel da Silveira na companhia da sua candidata a vice, delegada Marilisa Boehm. A nova senadora de SC disse que vai seguir os passos de Jorginho e os conselhos do marido Luiz Henrique da Silveira com quem conviveu 50 anos.
Produção e edição: ADI/SC jornalista Adriana Baldissarelli (MTb
6153) com colaboração de Cláudia Carpes.
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