Chegamos oficialmente no inverno, a estação mais fria do ano, e junto com ela uma corrente gigante de solidariedade ao próximo. Só em Chapecó, diversas campanhas de arrecadação de agasalhos são organizadas nesse período para aquecer pessoas que necessitam de uma ajuda maior. Na EBM Rui Barbosa, além de campanhas de arrecadação de roupas, os estudantes produziram lindas mantas, um trabalho que envolveu toda a comunidade escolar e que surgiu a partir das aulas de Arte da professora Simone Maria Strehl Vettorello.
“Tudo começou com o plano de aula para trabalhar as obras de arte da artista Toshiko Horiuchi que usava linhas para criar seus trabalhos. A partir daí, surgiu a ideia de trabalharmos a técnica do tricô, buscando aprimorar a coordenação motora fina e as habilidades dos nossos alunos, resgatando a afetividade, a cultura da nossa região e aproximar a família da escola”, relatou a professora. Após o trabalho realizado em sala de aula, o projeto ganhou uma dimensão maior.
Durante o 2º Dia da Família na Escola foi organizada uma oficina de tricô em que as avós e mães que dominavam a técnica, ensinaram para as famílias presentes. Com isso, foi lançado um desafio: produzir pelo menos cinco quadradinhos com barbante e agulha que posteriormente foram unidas para formar as mantas. Todo o material produzido por alunos e familiares foi doado a alunos das escolas que mais necessitavam para se aquecer no frio da estação.
As atividades mexeram com a memória afetiva dos alunos, pois envolveu a participação de avós ou mães que produziram agasalhos de lã para os seus filhos ou netos. A estudante Alice Portiliotti dos Santos, da turma do 8º ano, relatou: “Eu sempre tive curiosidade em aprender a fazer tricô, só que eu nunca tive a oportunidade porque eu não sabia onde procurar. Até que a escola veio com essa iniciativa e eu comecei a fazer, aprendi super rápido, comprei a linha e agulha e comecei a fazer. Eu fiz muitos quadradinhos”.
Silvana Cosvoski da Silva Leme, mãe dos alunos Davi e Gabriela Cosvoski da Silva Leme, disse que a família abraçou o projeto, todo mundo aprendeu e costurou. “A gente coloca um pouco de amor em cada ponto, se cada um fazer a sua parte, pode ser pouco, mas para aquela pessoa que ganhou, faz a diferença, é isso que é viver em sociedade e é isso que é viver em comunidade e a escola está de parabéns por proporcionar essa ideia e nos mover a fazer algo pelo próximo”.
O pequeno Davi não sabia costurar, mas a mãe ensinou e ele aprendeu rápido, “eu costurava feliz, porque tem gente que não tem coberta, a gente tem um monte, e eles não têm”. Gabriela estava realizada, “foi uma experiência muito legal e divertida, me senti feliz. Fiz a minha parte costurando um cobertor para quem não tem”.
“O projeto iniciado pela professora e alunos e depois desenvolvido por toda escola é lindo. Como é bom essas iniciativas de solidariedade e amor ao próximo. Com certeza nossos estudantes aprenderam muito mais do que tricotar. Parabéns alunos, professores e comunidade escolar por esse maravilhoso projeto”, disse Astrit Tozzo, secretária de educação.
Fonte: Assessoria/PMC