A Administração Municipal, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Rural, CIDASC, Núcleo de Atenção aos Pequenos Animais (NAPA), ICASA (Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária) e a Vigilância Epidemiológica, realizou hoje (29) uma palestra educativa sobre a prevenção e controle da raiva em herbívoros.
O encontro, que reuniu produtores rurais e técnicos da área, teve como objetivo orientar sobre as medidas de prevenção, a importância da vacinação e o manejo correto em casos de suspeita ou confirmação da doença.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Rural, Gilson Pagliosa, a raiva é uma doença altamente letal e contagiosa, sendo disseminada principalmente por morcegos hematófagos. “A raiva tem uma letalidade de quase 100%, tanto para animais quanto para seres humanos. Na nossa região, já identificamos 13 propriedades com focos positivos, algumas com a perda de até 20 animais. A vacinação correta e o controle dos abrigos de morcegos são fundamentais para conter essa doença,” destacou Pagliosa.
Tanto animais de produção, como bovinos, precisam ser vacinados regularmente para evitar surtos. Já em casos de suspeita ou contato com animais infectados, humanos devem receber a vacina específica para prevenir o desenvolvimento da doença, acrescentou Pagliosa.
A veterinária Esther Gonçalves, da CIDASC, reforçou a necessidade de notificação dos casos e a identificação de abrigos de morcegos na região. “O controle não significa exterminar os morcegos, que possuem uma função ambiental importante, mas sim reduzir a população contaminada e controlar o avanço da doença.
O NAPA também apresentou um cronograma de vacinação para cães e gatos, que acontecerá de 16 a 20 de dezembro em pontos estratégicos do município. A coordenadora Liandra ressaltou a importância de vacinar os animais de companhia. “Embora não tenhamos casos positivos em cães e gatos na região, a vacinação é uma medida preventiva essencial para evitar a disseminação da doença,” afirmou.
A Vigilância Epidemiológica destacou ainda que a vacinação em humanos é especialmente importante em casos de acidentes com morcegos ou contato com animais infectados. “É essencial que pessoas expostas a animais suspeitos ou infectados procurem imediatamente atendimento médico para receber as doses necessárias da vacina,” orientou a enfermeira Ingrid Pujol.
Ingrid também reforçou a necessidade de conscientização para evitar o contato direto com morcegos, vivos ou mortos, e alertou sobre a importância de buscar orientação da Vigilância Ambiental.
Informações sobre vacinação e controle de morcegos podem ser obtidas junto à Secretaria de Desenvolvimento Rural e Vigilância Epidemiológica.