Além da incontestável importância para as perspectivas da equipe na Série B do Campeonato Brasileiro, a vitória da Chapecoense no último sábado – conquistada no apagar das luzes da partida contra o CSA – teve um sabor especial, também, para o atleta Perotti – artilheiro da equipe em 2022. Autor do gol que garantiu os três pontos contra o time alagoano, o atleta chegou ao segundo jogo seguido balançando as redes e tem celebrado a oportunidade de ajudar o clube.
“No momento do gol, foi a persistência. A gente lutou até o final, se entregou. Eu fiz o gol e nem sabia o que fazer, foi uma explosão de sentimentos. Não me lembro de outro gol que eu tenha me sentido dessa forma. Chorei depois do gol, fiquei muito grato a Deus, porque é um presente. Trabalho sempre tem, dedicação sempre tem, e às vezes as coisas não acontecem. E por um detalhe ela aconteceu nesse jogo. Graças a Deus, porque a gente precisava dessa vitória pela pressão que a gente vinha vivendo” destacou.
Ao vazar a defesa do goleiro Paulo Ricardo, Perotti chegou ao seu 32º gol com a camisa do Verdão. Com a marca, o atleta igualou a marca de Wellington Paulista e entrou para o roll de grandes artilheiros da história do clube. “Tudo o que aconteceu na minha vida foi baseado em trabalho. Deus foi abrindo portas pra mim. Eu nunca fui um cara de sonhar muito lá na frente, sempre tive os pés no chão, sei que o trabalho edifica um homem e que tudo o que a gente plantar, um dia a gente vai ceifar. (…) Tive a oportunidade de trabalhar com o Bruno Rangel (maior artilheiro da história do clube) e ele me ajudou bastante, ele, o Kempes, quando eu subi, foram pessoas extraordinárias para o meu crescimento, mas eu sempre pensava jogo a jogo, treino a treino, porque eu sei que o que eu fizer no treino, vai acontecer no jogo; tudo o que estou vivendo é fruto do trabalho”.
No clube desde 2014, Perotti acompanhou inúmeros momentos da história do clube e, agora, tem a chance de dividir o vestiário com uma figura icônica da trajetória do clube: o técnico Gilmar Dal Pozzo. Ao falar sobre a relação com o comandante, o atacante exaltou o trabalho que vem sendo realizado por Gilmar. “O Gilmar é um cara que tem uma história aqui dentro do clube. Ele chegou aqui e já estava familiarizado com a cidade, com o clube, sabendo como funciona, como é o torcedor, a cultura. Claro que o clube está numa construção, ele não vai viver o que viveu naquela época – creio que também tinha dificuldades porque a Chape estava numa outra situação – mas é um desafio muito grande. Ele tem muita experiência no futebol e veio para agregar ao nosso grupo, é muito importante a chegada dele”.
Após o resultado positivo contra o CSA, a Chape volta as atenções, agora, para o confronto estadual contra o Criciúma. De acordo com o artilheiro do Verdão, a torcida pode esperar uma equipe aguerrida no duelo que acontecerá no próximo domingo (25), na casa do adversário. “O torcedor pode esperar uma equipe muito aguerrida. Essa marca a gente não pode perder. Desde o jogo contra a Ponte Preta a gente fala que é daquela pegada para cima. Sempre com respeito ao adversário; o professor vai nos passar a melhor estrategia pra gente ir lá e fazer um bom jogo, mas essa atitude que nos fez forte a gente vai levar” finalizou.
Crédito/Texto: Alessandra Seidel/ACF